segunda-feira, 7 de julho de 2014

Reconhecer-se



No início, por medo da solidão ou desassossego, você implora a Deus que voltem, por egoísmo, implora que independente de qualquer coisa, seu único desejo é tê-lo ao lado, implora sem se dar conta que Deus fez o seu destino, mas quem escolhe o caminho é você. 
Ao longo do tempo, querendo ou não, aprende que estar solteira não te obriga a ficar com alguém ou sair para todos os lugares, ficar solteira ajuda a se reconhecer. Ficar solteira ajuda a perceber o quanto é grande o número de casais que juram amor eterno, mas vivem um vida de solteiro. Ou, talvez, o quanto é grande o número de pessoas que se dedicam a ficar com todas, mas toda vez que deitam na cama, seu pensamento gira em torno de uma única mulher. O quanto é grande o número de mulheres que choram, que sofrem, por simplesmente não conseguirem terminar o relacionamento, e o quanto essas pessoas vivem uma vida baseada nos planos que sonham. Conhecendo-me, percebo o quanto é supérfluo esse desejo irracional por alguém, o quanto a falta de amor próprio, o orgulho, o medo de entregar-se tanto a uma vida de solteira quanto a um relacionamento sério pode atrapalhar. E, hoje, não imploro mais nada, simplesmente oro a Deus e peço: se for pra ser meu, que venha abençoado e inteiro, mas, se não for, que eu encontre forças para recomeçar. Tristeza mesmo é esconder-se atrás de uma pessoa ou uma situação cômoda para somente assim descobrir o seu valor.

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